O desafio da coleta de resíduos
Coleta de resíduos
No Brasil, de acordo com a avaliação regional feita em conjunto pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, Organização Pan-americana da Saúde e Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambietal, cada habitante no gera 0,67 quilo de resíduos sólidos domiciliar (RSD) diariamente, número acima da média latino-americana, que é 0,63 kg/hab/dia. Quando levamos em conta os resíduos sólidos municipais (RSM), ou seja, o lixo domiciliar somado ao de origem comercial ou ao que resulta da limpeza de jardins, parques e ruas, o número sobe para 1kg/hab/dia. Nos EUA, segundo dados da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), a geração de RSM salta para 1,9 kg/hab/dia, quase um quilo acima da média brasileira.
Com base no dado de que o brasileiro gera de lixo por dia, aos 75 anos uma pessoa terá produzido 17,2 toneladas de resíduos. Já a típica família de quatro pessoas produziria 70 toneladas, o equivalente ao volume aproximado de 1 milhão de latas de alumínio.
A produção de lixo chega hoje a 79,9 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano. Esse lixo ocupa uma área equivalente a 206 estádios do Morumbi, em São Paulo, equipamento com 154.520 m² e capacidade para 67 mil pessoas. Ou seja, o lixo ocupa uma área onde caberiam 13,8 milhões de pessoas, algo próximo à população da Bahia.
Preocupação mundial
Uma das preocupações que mais despertam interesse, não só da comunidade científica, mas da população em geral, é a forma como dar destino e como realizar a coleta de resíduos sólidos.
As consequências da disposição inadequada do lixo no meio ambiente são a proliferação de vetores de doenças (como ratos, baratas e micróbios), a contaminação de lençóis subterrâneos e do solo pelo chorume (líquido escuro, altamente tóxico, formado na decomposição dos resíduos orgânicos do lixo) e a poluição do ar, causada pela fumaça proveniente da queima espontânea do lixo exposto. Além disso, podem causar entupimento de bueiros e galerias, gerando inundações e expondo a população a doenças.
Produção de lixo no Brasil
Veja abaixo, segundo dados da décima edição do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), os números da gestão de resíduos sólidos urbanos por Estado e no Distrito Federal:
Estado | Lixo gerado (toneladas/dia) | Lixo coletado (t/dia) | Destinação final adequada (t/dia) | Coleta per capita (Kg/hab/dia) |
Acre | 565 | 473 | 250 | 0,859 |
Alagoas | 2.807 | 2.299 | 85 | 0,984 |
Amapá | 585 | 552 | 217 | 0,589 |
Amazonas | 3.811 | 3.297 | 1.807 | 1,16 |
Bahia | 13.620 | 10.754 | 3.302 | 1,05 |
Ceará | 9.060 | 7.106 | 3.171 | 1,098 |
Distrito Federal | 4.126 | 4.091 | 1.395 | 1,599 |
Espírito Santo | 2.956 | 2.714 | 1.735 | 0,908 |
Goiás | 6.330 | 5.852 | 1.701 | 1,05 |
Maranhão | 6.754 | 4.061 | 1.297 | 0,958 |
Mato Grosso | 3.079 | 2.613 | 662 | 1,024 |
Mato Grosso do Sul | 2.520 | 2.232 | 589 | 1,04 |
Minas Gerais | 17.592 | 16.011 | 10.277 | 0,944 |
Pará | 6.164 | 5.028 | 1.374 | 0,941 |
Paraíba | 3.405 | 2.754 | 852 | 0,956 |
Paraná | 8.507 | 7.771 | 5.433 | 0,86 |
Pernambuco | 8.471 | 7.118 | 3.082 | 0,994 |
Piauí | 3.033 | 2.011 | 1.088 | 0,966 |
Rio de Janeiro | 21.041 | 20.450 | 13.923 | 1,303 |
Rio Grande do Norte | 2.795 | 2.432 | 676 | 0,976 |
Rio Grande do Sul | 8.225 | 7.635 | 5.345 | 0,832 |
Rondônia | 1.200 | 996 | 72 | 0,853 |
Roraima | 350 | 312 | 35 | 0,869 |
Santa Catarina | 4.613 | 4.346 | 3.112 | 0,809 |
São Paulo | 56.626 | 55.967 | 42.715 | 1,393 |
Sergipe | 1.744 | 1.486 | 688 | 0,956 |
Tocantins | 1.075 | 927 | 303 | 0,828 |
Desafios diários
Todos os dias as empresas de coleta resíduos tem o mesmo desafio: atender a população, recolhendo os resíduos pelas cidades.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, hoje vivem 12,11 milhões de pessoas, divididas 96 bairros e, tão grande quanto seu tamanho, é a quantidade de lixo gerado.
Lixo gerado (toneladas/dia): 56.626
Lixo coletado (t/dia): 55.967
Coleta per capita (Kg/hab/dia): 1,393
São Paulo, como em todas as cidades, o desafio é conseguir atender o grande volume da demanda de forma efetiva, protegendo assim a população e preservando o ambiente de agentes contaminantes e doenças.
Tecnologia na gestão da coleta de resíduos
A tecnologia, como na maioria das áreas produtivas, vem a sendo uma grande aliada do mercado de coleta de resíduos. Suas vantagens são inúmeras, mas a principal vem a ser o controle completo das suas operações de campo, sendo grande aliada no enfrentamento dos seus desafios diários, através da gestão centralizada e acompanhamento em tempo real de suas equipes.
No Brasil, hoje, há muitas empresas que prestam serviços para prefeituras nas suas operações de coleta de resíduos e, para auxiliar no planejamento e na definição de métodos e gerenciamento
Hoje, em várias cidades do Brasil, existem os Centro de Controle de Operações (CCO) que são os núcleos responsáveis em gerenciar as operações da coleta de resíduos dentro daquela localidade, possibilitando o monitoramento e controle de rotas, trajetos, serviços e áreas de ação.
Isto só é possível através de sistemas confiáveis e de equipamentos robustos e precisos, como os fornecidos nas soluções Inlog Pro-Collect, que podem ser aplicados em qualquer tamanho de frota e negócio de gestão de resíduos.
Equipamentos e softwares funcionam em conjunto, gerando indicadores e informações que auxiliam no planejamento, tomada de decisão e efetividade nas ações de coleta de resíduos. Desta forma, proporcionando o controle efetivo das atividades dos coletadores, o monitoramento de ações de campo e, o mais importante, a garantia do atendimento da população.